Friday, May 11, 2007

sem desespero

Se você acha que as coisas estão ruins
mas estão bem ruins
lembre-se que isso pode piorar
mas piorar exageradamente
e que se você começa nesse pensamento de piorar
já piora de vez
vira um absurdo impraticável.

Tuesday, May 01, 2007

Por que eu amo os meus nativos.


*1: É. E eu concordo. Por vários motivos. Primeiro: a Radiola mal consegue se definir como, usando os conceitos antropológicos mesmo, como uma coisa de identidade, você não pode dizer que as pessoas estão ali por uma identidade, por uma luta, por uma coisa definida, são várias coisas, você não consegue...Quer dizer, você conseguiria até mapear, mas não é uma coisa fechada em si, não tem um objetivo único, e o rizoma é pior ainda: aí que você vai juntar várias rádios, cada uma com sua dinâmica, tendo alguns princípios básicos que orientam o trabalho deles, mas assim, essa reivindicação do espaço radiofônico, a gente sabe que essas coisas são lentas e nem é o que a gente quer. Por isso a gente se propõe a ser uma rádio livre. Eu acho que a Radiola, o máximo de luta, que a rádio livre pode ter é ser uma rádio, passa por aí. A gente não quer saber do governo e nem quer conversar com o Hélio Costa, sabe. Por que não tem conversa, seria entrar em um outro processo no qual realmente a gente não seria rádio livre. Eu acho mesmo.

*E: Mas assim, tem aquela coisa de que a gente é ilegal porque a gente não tem nenhum tipo de documento que permita que a gente funcione, e pra que a gente funcione teria que ser nos termos de uma rádio comunitária. A nossa potência é maior do que uma rádio comunitária hoje, nossa antena é maior que os 30 metros...

*1: E eu acho que deixar de ser livre é um trem que tira a liberdade. Parece redundante, mas é mesmo.

*E: Mas se deixasse de ser livre nesses termos, ah então acabou a lei, vocês podem fazer rádio no limite que vocês quiserem, e tal, ia ser perfeito, cê num acha não?

*1: (risos) Ia! Mas isso não existe.